Não é novidade que o uso de álcool pode acarretar diversos problemas, tanto físicos, psíquicos e sociais. Entretanto fica evidente que mesmo sendo de conhecimento geral as consequências do consumo dessa substância, o número de pessoas, principalmente mulheres, que abusam do álcool cresce cada vez mais. O consumo abusivo de bebidas alcoólicas é um importantíssimo problema de saúde pública, principalmente no caso das mulheres, levando em consideração que elas são mais vulneráveis quando comparadas aos homens, por ter relativamente menos água corpórea o que faz com que o álcool fique mais concentrado no organismo, e maior capacidade de absorção, que por consequência elevam níveis de álcool no sangue fazendo com que demorem mais tempo para metaboliza-lo. Fato esse que é agravado se essa mulher estiver grávida, já que durante a gestação a bebida ingerida pela mãe atravessa a barreira placentária via o sangue materno e se mistura ao líquido amniótico atingindo os tecidos fetais. E esse consumo etílico no período da gestação, pode acarretar consequências que influenciam o desenvolvimento do feto, tais como restrição do crescimento, deficiências cognitivas, aumento da morbimortalidade e outros distúrbios, como a Síndrome Alcoólica Fetal. Dentro desse contexto se faz necessário, indagações a respeito dos riscos que podem estar relacionados a essa associação (álcool e gestação). Diante do presente exposto, a revisão bibliográfica aborda as consequências da ingesta de álcool durante a gestação, evidenciadas em pesquisas, artigos científicos e monografias, publicados nos anos de 2009 a 2019.
It is not news that alcohol use can cause several problems, both physical, psychological and social. However, it is clear that even though the consequences of consuming this substance are generally known, the number of people, especially women, who abuse alcohol is growing. The abusive consumption of alcoholic beverages is a very important public health problem, especially in the case of women, considering that they are more vulnerable when compared to men, because they have relatively less body water, which causes alcohol to be more concentrated in the body, and a greater absorption capacity, which consequently raises blood alcohol levels, making it take longer to metabolize it. This fact is aggravated if the woman is pregnant, since during pregnancy the alcohol ingested by the mother crosses the placental barrier via the mother's blood and mixes with the amniotic fluid, reaching the fetal tissues. This alcohol consumption during pregnancy can have consequences that influence fetal development, such as growth restriction, cognitive deficiencies, increased morbidity and mortality, and other disorders, such as Fetal Alcohol Syndrome. Within this context, it is necessary to ask questions about the risks that may be related to this association (alcohol and pregnancy). In view of the above, the literature review addresses the consequences of alcohol intake during pregnancy, evidenced in research, scientific articles and monographs, published between 2009 and 2019.