Como os artistas podem permanecer autônomos e manter viva sua criatividade na sociedade contemporânea? Neste artigo afirmamos que o modelo individual do artista burguês não é mais suficiente para se fazer arte autônoma e para ser criativo a longo prazo. Se os artistas desejam permanecer móveis e autônomos, precisam construir estruturas organizacionais coletivas, que são chamadas de “caravanas viajantes”. Nas mudanças históricas paralelas entre 1970 e 2000, do liberalismo ao neoliberalismo, do fordismo ao pós-fordismo e da arte moderna para a contemporânea, os artistas precisam construir seu próprio biótopo artístico se quiserem fazer seu trabalho sem interferência governamental (subsídios) e soluções de mercado. O cooperativo pode ser visto como um modelo interessante para desenvolver tal ‘autonomia móvel’.