A extensa obra de Roland Barthes, apesar da aparente incoerência teórica, apontou sempre para uma conjunção, para um norte. No extremo desse caminhar, encontramos no fim de sua carreira como escritor o conceito do Neutro, conceito esse que funciona como uma espécie de bússola emotiva na busca do escape dos paradigmas. Baseandonos na última década de sua produção intelectual, mais especificadamente no curso ministrado no Collège de France, chamado O Neutro (1977-1978), buscamos neste artigo justificar um possível entendimento do conceito do Neutro na escritura barthesiana. Conceito esse formulado para afastar-se das significações cristalizantes, tão constantes em nosso mundo. O presente trabalho é uma forma de percorrer rapidamente esse conceito para colocar em discussão essa possibilidade, que a obra de Barthes nos permite como pesquisadores.
The extensive work of Roland Barthes, despite the apparent theoretical inconsistency, always pointed to a conjunction to north. At the end of this walk, we find at the end of his career as a writer the concept of Neutral, a concept that works as a kind of emotional compass in search of escape of the paradigms. Building on the last decade of his intellectual production, more specifically in the course taught at the Collège de France, called The Neutral (1977-1978), in this article we seek to justify a possible understanding of the concept of Neutral in Barthes writing. This concept formulated seeking an escape to crystallizing meanings, so constant in our world. This work is a way to quickly go through this concept to put into discussion the possibility that the work of Barthes allows us as researchers.
