Objetivo: analisar a atuação dos profissionais da atenção primária ante as situações de sofrimento psíquico e/ou vulnerabilidade psicossocial de gestantes e puérperas. Métodos: estudo descritivo e exploratório, realizado com 78 profissionais de saúde atuantes na estratégia de saúde da família, aos quais foi aplicado um questionário de caracterização profissional e análise situacional. Resultados: a maioria dos profissionais de saúde atende diariamente gestantes e/ou puérperas (55,1%). Para 66,7% desses profissionais, na minoria dos atendimentos a esse público, eles identificam sinais e/ou sintomas de sofrimento emocional/psíquico/mental. Quanto à capacitação dos profissionais para atuar e ajudar gestantes e/ou puérperas em relação à saúde mental, 76,9% têm dúvidas e 89,7% não participaram de uma capacitação sobre o assunto e todos concordaram com sua relevância. Da análise textual das respostas discursivas resultaram duas categorias: Escuta qualificada como instrumento de acolhimento e Atendimento compartilhado e encaminhamento para profissional especializado. Conclusão: os profissionais da Estratégia Saúde da Família relataram ter dúvidas e fragilidades para o manejo da saúde mental de gestantes e puérperas. Contribuições para a prática: esses profissionais vivenciam situações que exigem deles o manejo de questões relacionadas à saúde mental perinatal e percebem como relevante uma capacitação para atenderem essa demanda.
Objective: to analyze the actions of primary care professionals when faced with situations of psychological distress and/or psychosocial vulnerability among pregnant women and postpartum women. Methods: a descriptive and exploratory study was carried out with 78 health professionals working in the family health strategy, who were asked to complete a questionnaire on professional characterization and situational analysis. Results: most health professionals see pregnant /postpartum women daily (55.1%). For 66.7% of these professionals, they identify signs /symptoms of emotional, psychological, or mental distress in a minority of their visits to this public. Regarding the training of professionals to act and help pregnant /postpartum women concerning mental health, 76.9% have doubts, 89.7% have not participated in training on the subject, and all agreed with its relevance. The textual analysis of the discursive responses resulted in two categories: Qualified listening as a welcoming tool and shared care and referral to specialized professionals. Conclusion: family Health Strategy professionals reported doubts and weaknesses regarding managing the mental health of pregnant and postpartum women. Contributions to practice: these professionals experience situations that require them to deal with issues related to perinatal mental health and perceive training to meet this demand as relevant.