A questão da condição
feminina constitui tópos eleito e
contemplado na obra literária de Marina
Colasanti. Advogando o direito de
enunciação literária feminina, as reflexões
da autora, tanto no ensaio “Por que nos
perguntam se existimos†(1997) quanto
no conto “Com sua voz de mulherâ€
(1998), colaboram para todo um
processo de questionamento dos alicerces
teóricos de uma hermenêutica
falocêntrica que, estabelecendo interditos
à voz feminina pelo viés de um cânone
literário masculino, considera como
marginal a produção literária de autoria
feminina.
The issue of feminine condition
constitutes a tópos chosen and contemplated
in the literary work of Marina
Colasanti. Defending the right of feminine
literary enunciation, the reflection
of the author, in the essay “Por que nos
perguntam se existimos†(1997) as well
as in the short story “Com sua voz de
mulher†(1998), developed by the writer
collaborates to a deep process of questioning
the theoretical ground of a
phalocentric hermeneutics which, placing
restrictions on the feminine voice under
the view of a masculin literary canon,
considers the literary production of female
autorship as marginal.