Este artigo desenvolve teoricamente dados empíricos sobre a produção de centros e periferias na região central de São Paulo, tendo como vetores o pressuposto de diferenças com base em sexualidade. Tal abordagem temática e epistemológica parte de dados produzido que problematizam a ideia da existência de uma "rua gay" em São Paulo: a Rua Frei Caneca. Por outro lado, a região da República aparece como portadora de uma homossexualidade masculino-feminizada menos legítima, mais pobre, mais negra, mais suja e mais doente e, portanto, menos interessante. Este artigo é baseado em dois bairros da cidade de São Paulo, localizado na região central de São Paulo, República e Consolação. Tais distritos congregam a maioria das opções de lazer noturno, compras e encontro entre pessoas com conduta homossexual. Uma quantidade considerável de ruas e conjuntos de ruas nestas regiões são chamadas genericamente de "gay", embora a presença de público definido por sua identidade sexual seja complexa e variável. Mas que tipo de espaço é generificado? E quais são os impactos introduzidos por este processo no espaço, na cidade e nas pessoas?