O texto que aqui dispomos apresenta dois depoimentos como narrativas em 1a pessoa, como reverberação do encontro promovido pela pesquisa O corpo sem álibi, realizada pelo Departamento de Psicologia da UFF Campos entre cinco educadores articulados pela aposta comum na transdisciplinaridade como regime da educação no contemporâneo. Através de oficinas, filmes e rodas de conversa questionamos o modo como as resistências aos métodos escolarizados da educação são tomados como incapacidade, desvio ou delinquência, levando crianças e jovens ao diagnóstico de "inadaptados". Assumindo outro olhar, crítico-clínico, tomamos tais resistências como efeitos-sujeito analisadores da educação normatizante, e nos implicamos no desafio de produzir outros gestos, que acolham sua diversidade e os aceite e positive como "Inadaptáveis".