O artigo propõe uma análise da ruptura com o regime de tempo historicista em Bodenlos, uma autobiografia filosófica, de Vilém Flusser. A forma não linear e não cronológica da narrativa autobiográfica de Flusser reflete um dos argumentos principais do autor: a ruptura com a percepção de tempo historicista. Demonstramos como Vilém Flusser constrói em Bodenlos uma autobiografia filosófica uma estrutura narrativa que definimos como metalinguagem filosófica porque reflete o próprio conteúdo de sua obra que quebra com a linearidade cronológica do tempo historicista.
The article proposes to analyze the rupture with the notion of historicist time and the narrative of multiple identities in Bodenlos, a philosophical autobiography, by Vilém Flusser. The non-linear and non-chronological form of Flusser's autobiographical narrative reflects one of the author's arguments: the rupture with the perception of historicist time. We demonstrate how Vilém Flusser builds a philosophical autobiography in Bodenlos, a narrative structure that we define as philosophical metalanguage because it reflects the very content of his work that breaks with the chronological linearity of historicist time.