O presente trabalho tem por objetivo socializar uma análise sobre a inferência da branquitude no processo de construção histórica do racismo na sociedade brasileira, rememorando o período de colonização, bem como elencar através de um diálogo entre as fontes, as possibilidades e viabilidades que os brancos possuem para romper com paradigmas colonialistas impostos. Como subsídio para a discussão proposta, buscou-se corroborações em Bento (2002), Carreira (2018), Cardoso e Muller (2017), sobretudo em Cardoso (2010) e (2008) com sua importante postulação sobre o conceito de branquitude e suas duas categorizações: crítica e acrítica. A metodologia adotada fora uma pesquisa exploratória e descritiva para o levantamento de dados acerca da problemática. Além disso, esta pesquisa apresenta uma análise de dados obtidos por intermédio de entrevistas orais com mulheres brancas ativas na luta antirracista. Como resultadodestas entrevistas, constatou-se que pessoas brancas que se reconhecem como sujeitos dotados de privilégios advindos do racismo estrutural, questionam essa realidade e buscam conhecimento sobre a temática étnico-racial possuem um papel fundamental na lutapor igualdade racial.
The present work aims at socializing an analysis about the inference of whiteness in the process of historical construction of racismin Brazilian society, going back to the colonization period, as well as listing through a dialogue between sources the possibilities and viabilities that white people must break with imposed colonialist paradigms. Bento (2002), Carreira (2018), and Cardoso and Muller (2017) were used as subsidies for the proposed discussion, especially Cardoso (2010) and (2008) with his important postulation on the concept of whiteness and its two categories: critical and uncritical. The methodology used was exploratory and descriptive research to collect data on the problem. In addition, this work will expose an analysis of data obtained through oral interviews with white women active in the anti-racist struggle. As a result of these interviews, it was found that white people who recognize themselves as subjects endowed with privileges resulting from structural racism, question this reality and seek knowledge about the ethno-racial theme, have a fundamental role in the struggle for racial equality.