A fala é um processo dinâmico que ocorre em cadeia. Os movimentos articulatórios são complexos, rápidos, pequenos e contÃnuos, produzidos automaticamente pelos falantes. Mas apesar de as análises acústicas mostrarem que os sons se fundem uns nos outros, que, ao articularmos um som, o trato vocal se configura de acordo com a articulação do som seguinte e assim sucessivamente,e que os sons são produzidos num continuum sonoro, os falantes são capazes de perceber a fala como uma seqüência discreta de segmentos. O pesquisador analisa a fala também como uma seqüência de segmentos, pois, seria difÃcil, se é que é possÃvel,analisá-la como um todo indecomponÃvel.
Partindo do pressuposto de que Os pesquisadores precisam analisar a fala como seqüência de unidades discretas, podemos dizer que, da mesma forma que os traços distintivos se agrupam em feixes para formar os fonemas (Jakobson, 1967), estes últimos se agrupam em sÃlabas. Na articulação melódica, a sÃlaba é, então, um conjunto de fonemas.