SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE MENTAL

Arquivos de Ciências da Saúde da Unipar

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ISSN: 1982-114X
Editor Chefe: Giuliana Zardeto
Início Publicação: 31/01/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde

SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE MENTAL

Ano: 2023 | Volume: 27 | Número: 5
Autores: Nilson Rogério da Silva Kelli Cristina Corrêa Sarah Castanhas Zimermano Meire Luci da Silva
Autor Correspondente: Nilson Rogério da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Burnout, Estresse Psicológico, Carga de Trabalho, Saúde Mental, Atenção Psicossocial, Burnout, Psychological, Health, Psychiatric Rehabilitation, Stress Psychological, Workload, Mental Burnout, Psicológico, Estrés Psicológico, Carga de Trabajo, Salud Ment

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: Os profissionais da saúde responsáveis pelo cuidado profissional dos usuários possuem uma rotina de trabalho permeada por elevada sobrecarga física e mental, em função das próprias características do seu exercício profissional, mas que também podem se agravadas pelas condições de trabalho. Não é incomum a presença de jornadas de trabalho extensas, baixa remuneração, condições de trabalho insuficientes, desgaste pelo sofrimento do paciente, falta de suporte emocional e baixo reconhecimento profissional, cenário que favorece adoecimento. Objetivo: O presente estudo teve por objetivo caracterizar a prevalência de burnout em profissionais da área da saúde. Metodologia: Participaram da pesquisa 44 profissionais da área da saúde que trabalham em sete serviços da Rede de Atenção Psicossocial de dois municípios do interior paulista. Foram utilizados dois instrumentos: o Questionário Sociodemográfico e o Inventário da Síndrome de Burnout – ISB. Resultados: Verificou-se que 25,9% dos profissionais estavam sintomáticos para Síndrome de Burnout, sendo: 47,7% com comprometimentos nas dimensões Distanciamento Emocional, 25,0% em Exaustão Emocional, 20,4% em Desumanização e 6,8% em Realização Profissional, revelando dificuldade destes para lidar com as próprias demandas e a dos pacientes. Conclusão: Os resultados revelam a necessidade de gestores ficarem atentos às demandas dos trabalhadores da saúde, tendo em vista que o burnout além de afetar a saúde dos profissionais, pela característica relacional do trabalho, pode também interferir na qualidade da prestação da assistência ao usuário.



Resumo Inglês:

Introduction: The health professionals responsible for the professional care of users have a work routine permeated by high physical and mental overload, due to the characteristics of their professional practice, but which can also be aggravated by working conditions. It is not uncommon the presence of long working hours, low pay, insufficient working conditions, exhaustion due to the patient's suffering, lack of emotional support and low professional recognition, a scenario that favors illness. Objective: The present study aimed to characterize the prevalence of burnout in health professional. Methodology: Participated in the research 44 health professionals who work in 07 services of the Psychosocial Care Network of two municipalities in the interior of São Paulo. Two instruments were used: the Sociodemographic Questionnaire and the Burnout Syndrome Inventory – ISB. Results: It was found that 25.9% of the professionals were symptomatic for Burnout Syndrome, being: 47.7% with impairments in the dimensions Emotional Distancing, 25.0% in Emotional Exhaustion, 20.4% in Dehumanization and 6.8% in Professional Achievement, revealing difficulties to deal with their own demands and that of the patients. Conclusion: The results reveal the need for managers to be attentive to the demands of health workers, considering that burnout in addition to affecting the health of professionals, due to the relational characteristic of work, can also interfere in the quality of care delivery to users.
 



Resumo Espanhol:

Introducción: Los profesionales sanitarios responsables de la atención profesional a los usuarios tienen una rutina de trabajo impregnada de una elevada sobrecarga física y mental, debido a las características de su ejercicio profesional, pero que también puede verse agravada por las condiciones de trabajo. No es infrecuente la presencia de largas jornadas de trabajo, baja remuneración, condiciones laborales insuficientes, agotamiento por el sufrimiento del paciente, falta de apoyo emocional y bajo reconocimiento profesional, escenario que favorece la enfermedad. Objetivo: El presente estudio tuvo como objetivo caracterizar la prevalencia del burnout en el profesional de salud. Metodología: Participaron de la investigación 44 profesionales de salud que actúan en 07 servicios de la Red de Atención Psicosocial de dos municipios del interior de São Paulo. Fueron utilizados dos instrumentos: el Cuestionario Sociodemográfico y el Inventario del Síndrome de Burnout - ISB. Resultados: Se encontró que 25,9% de los profesionales presentaban síntomas del Síndrome de Burnout, siendo: 47,7% con deficiencias en las dimensiones Distanciamiento Emocional, 25,0% en Agotamiento Emocional, 20,4% en Deshumanización y 6,8% en Realización Profesional, revelando dificultades para lidiar con sus propias demandas y las de los pacientes. Conclusiones: Los resultados revelan la necesidad de que los gestores estén atentos a las demandas de los trabajadores de salud, considerando que el burnout además de afectar la salud de los profesionales, debido a la característica relacional del trabajo, también puede interferir en la calidad de la prestación de cuidados a los usuarios.