Este artigo analisa a disputa pelo controle representacional do Brasil por meio de discursos midiáticos no episódio do ‘casal da Copa’, como ficou conhecido o caso de suposta substituição das duplas de artistas negros Camila Pitanga e Lázaro Ramos pelos artistas brancos Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert no posto de mestres de cerimônia do evento de sorteio de chaves da Copa 2014. Os antecedentes do episódio, textos de especialistas e jornalistas, e declarações dos artistas envolvidos são analisados à luz dos estudos culturais. Nas ficções surgidas no debate público, branquitude e mestiçagem emergem como noções agenciadas nos embates pelo controle representacional do Brasil e da construção de sua identidade social.