Este artigo se situa sobre a interface entre saúde e economia, perscrutando o problema da relação entre dispêndio econômico e resultado social, direcionando para o campo da saúde o esforço que tenho feito há alguns anos para tornar inteligÃvel a tendência crônica das economias modernas em produzir dispêndios crescentes, privados e públicos, e suas consequências sobre a riqueza social. O discurso técnico vinha interpretando, na maior parte das vezes de maneira implÃcita, sustentando sobre o lógica da economia, que onde existe um gasto surge uma correspondente riqueza ou se atende a certa necessidade social, e que esta riqueza pode, portanto, ser quantitativamente determinada pelo montante desse gasto.