Este trabalho objetivou compreender, por meio da etnografia, as práticas medicinais realizadas por famÃlias moradoras da Vila do Abade, no municÃpio de Curuçá/PA, a fim de contribuir na elaboração e/ou gestão de PolÃticas Públicas para a saúde. Verificou-se que o uso de plantas não se limita à “cura de doençasâ€, mas à prevenção. A relação com os “bichos†é envolta por simbolismos, pois esses adquirem vários papéis. Às famÃlias, esse convÃvio proporciona o acesso ou manutenção da qualidade de vida e que esse conceito sofreu alterações, inserindo nele as caracterÃsticas de bem-estar consideradas por esses moradores. Nessa etnografia das práticas medicinais, notamos que os discursos das pessoas retratam a possibilidade de coexistência entre o saber tradicional e o saber cientÃfico. É nessa dinâmica que elas estão inseridas, a convivência entre o local e o global.