Transtornos mentais são muito comuns em estudantes de medicina, sejam por fatores acadêmicos, individuais ou sociais que potencialmente geram esse adoecimento mental. Este artigo apresenta como objetivo analisar os fatores de risco para desenvolvimento de doença mental no estudante de medicina, bem como avaliar os métodos de prevenção e controle do adoecimento mental nesse grupo de estudantes. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, para realização das pesquisas foram utilizadas as bases de dados: PubMed, Science Direct e BVS/MEDLINE. O processo de triagem contou com os seguintes critérios de inclusão: artigos que respondessem à pergunta de pesquisa, em inglês e que foram publicados entre 2017 a 2022. Como resultado, foi obtido um total de 12 estudos. A prevalência mundial de ansiedade identificada nos estudantes de medicina está aumentando exponencialmente a cada ano, sendo a taxa de cerca de 33,8%, variando entre 29,2% a 38,7%, sendo considerada substancialmente maior do que quando comparada com a população geral que variou de 3% a 25% conforme as escalas de rastreio para ansiedade e depressão. A carga excessiva de trabalhos acadêmicos, com consequente privação de sono, o baixo nível socioeconômico, a exposição a mortes de pacientes e os professores abusivos foram identificados como prováveis razões para as altas taxas de ansiedade dos estudantes de medicina. Além disso, foi identificada uma taxa de aproximadamente 9,5% da síndrome de Burnout nos acadêmicos de medicina, sendo 50% associados a fatores pessoais, 42% relacionados ao trabalho/ estudos e 12% relacionados ao paciente. O presente estudo reafirma a necessidade da aplicação dos métodos de prevenção e controle pelas instituições de ensino, a fim de reduzir as taxas de incidência dos transtornos mentais nos acadêmicos de medicina e gerar uma melhoria na qualidade de vida, no desempenho acadêmico, no profissionalismo e na empatia em relação aos pacientes.