As classificações diagnósticas são utilizadas como modelo clínico nas intervenções psiquiátricas no Ocidente. Neste estudo objetivou-se realizar uma leitura sobre os diagnósticos e sintomas, a partir de uma perspectiva de gênero e saúde mental. Estudo transversal, de abordagem quantiqualitativa, com produção de dados por análise de prontuários dos usuários (as). Os resultados demonstram prevalência de diagnósticos relacionados aos transtornos do humor em mulheres e, nos homens, de esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes. Esses dados, associados ao levantamento do perfil sociodemográfico e a análise dos dados dos prontuários, apontam para a medicalização e psiquiatrização da vida, sobretudo no caso das mulheres, cuja presença em episódios de violência chegou a 32,54%.