Saúde mental em contextos de violência: Da libertação à transformação

Revista Psicolatina

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ISSN: 1870350x
Editor Chefe: Ana Paula Noronha
Início Publicação: 01/06/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Psicologia

Saúde mental em contextos de violência: Da libertação à transformação

Ano: 2020 | Volume: 33 | Número: Não se aplica
Autores: Katterine Vargas Cantillo José Eduardo Lozano Jiménez Angélica Paternina Marín Laura J. Gil Vega
Autor Correspondente: Katterine Vargas Cantillo | [email protected]

Palavras-chave: Saúde Mental, Conflito, Direitos Humanos, Sofrimento, Psicologia, Transformação Social

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Trinta e um anos após a morte de Ignacio Martín-Baró, sua mensagem e testemunho ainda são válidos. Este artigo é uma construção que parte de seus postulados e articula-se à realidade de uma Colômbia, que embora distante no tempo, está muito próxima em sua dinâmica social a El Salvador de Martín-Baró. É apresentado um tour que analisa a relação entre saúde mental e conflito, particularmente no contexto social colombiano, marcado nas últimas décadas pela presença de guerrilheiros, tráfico de drogas e paramilitarismo, no âmbito de um Estado deslegitimado pela corrupção, clientelismo, luta por poderes e uma sociedade dividida, ora indiferente, ora profundamente comovida. Em seguida, é analisada a relevância da saúde mental no marco regulatório colombiano, dando uma aparência geral do lugar conquistado na legislação, a fim de garantir os direitos dos nacionais. A seguir, a realidade mencionada é analisada a partir das vozes de seus protagonistas mais vulneráveis: as crianças. Em outro momento, considera-se a ressignificação da dor e do sofrimento, como forma de reivindicar o potencial humano de reinventar e dar sentido a situações adversas a partir do reconhecimento das pessoas como sujeitos de direitos e agentes transformadores. Por fim, questiona-se a psicologia e os psicólogos sobre o papel que eles desempenham nessa realidade e faz-se uma chamada para responder a um momento histórico que não permite posições intermediárias e que demanda profissionais que fazem a diferença e escolhem por serem facilitadores de profundas transformações sociais, a partir da convicção ética e epistemológica.



Resumo Inglês:

Thirty-one years after the death of Ignacio Martín-Baró, his message and testimony are still valid. This article is a construction that starts from its postulates and is articulated to the reality of a Colombia, which although distant in time, is very close in its social dynamics to El Salvador de Martín-Baró. A path is presented that analyzes the relationship between mental health and conflict, and particularly in the Colombian social context, marked during the last decades by the presence of guerrillas, drug trafficking and paramilitarism, within the framework of a State de-legitimized by corruption, clientelism, the struggle of powers and a divided society, sometimes indifferent, sometimes deeply moved. Next, the relevance of mental health in the Colombian regulatory framework is analyzed, giving a general semblance of the place gained in the legislation in order to guarantee the rights of nationals. Next, the aforementioned reality is analyzed from the voices of its most vulnerable protagonists: children. At another time, the resignification of pain and suffering is considered, as a way of vindicating the human potential to reinvent and make sense of adverse situations from the recognition of people as subjects of rights and transforming agents. Finally, there is a questioning of psychology and psychologists, about the role they play in this reality and a call is made to be a response to a historical moment that does not allow intermediate positions and that demands of professionals who make a difference and choose for being facilitators of deep social transformations, from the ethical and epistemological conviction.



Resumo Espanhol:

A treinta y un años de la muerte de Ignacio Martín-Baró, su mensaje y testimonio siguen vigentes. El presente artículo es una construcción que parte de sus postulados y se articulan a la realidad de una Colombia, que, aunque distante en tiempo, es muy cercana en su dinámica social a El Salvador de Martín Baró. Se presenta un recorrido que analiza la relación entre la salud mental y el conflicto, y de modo particular en el contexto social colombiano, marcado durante las últimas décadas por la presencia de las guerrillas, el narcotráfico y el paramilitarismo, en el marco de un Estado deslegitimado por la corrupción, el clientelismo, la lucha de poderes y de una sociedad dividida, a veces indiferente, a veces profundamente conmovida. Seguidamente, se analiza la relevancia de la salud mental en el marco normativo colombiano, dándose una semblanza general del lugar ganado en la legislación de cara a la garantía de los derechos de los nacionales. A continuación, se analiza la mencionada realidad desde las voces de sus más vulnerables protagonistas: los niños. En otro momento, se plantea la resignificación del dolor y el sufrimiento, como una forma de reivindicar el potencial humano de reinventarse y dotar de sentido las situaciones adversas a partir del reconocimiento de las personas como sujetos de derechos y agentes transformadores. Por último, se hace un cuestionamiento a la psicología y a los psicólogos, sobre el papel que juegan en esta realidad y se hace un llamado a ser respuesta ante un momento histórico que no permite posiciones intermedias y que demanda de profesionales que marquen la diferencia y opten por ser facilitadores de profundas transformaciones sociales, desde la convicción ética y epistemológica.