sAÚDE MENTAL INFANTOJUVENIL: ANÁLISE DO DISCURSO DAS CONFERÊNCIAS DE SAÚDE E SAÚDE MENTAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA-CE

Arquivos de Ciências da Saúde da Unipar

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ISSN: 1982-114X
Editor Chefe: Giuliana Zardeto
Início Publicação: 31/01/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde

sAÚDE MENTAL INFANTOJUVENIL: ANÁLISE DO DISCURSO DAS CONFERÊNCIAS DE SAÚDE E SAÚDE MENTAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA-CE

Ano: 2023 | Volume: 27 | Número: 6
Autores: Nívia Tavares Pessoa, Ana Paula Soares Gondim
Autor Correspondente: Nívia Tavares Pessoa | [email protected]

Palavras-chave: Saúde Mental, Criança, Adolescente, Conferências de Saúde, Política de Saúde, Mental Health, Child, Adolescent, Health Conferences, Health Policy, Salud Mental, Niño, Adolescente, Conferencias Sanitarias, Política Sanitaria

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Analisamos de que modo questões relacionadas com a saúde mental infantojuvenil estão sendo abordadas em conferências de saúde e de saúde mental no município de Fortaleza, Estado do Ceará, Brasil, desde a criação do Sistema Único de Saúde, com o objetivo de analisar o impacto desses discursos no estabelecimento da Rede de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (RAPSij). Trata-se de uma pesquisa documental dos relatórios das conferências municipais realizadas entre 1991 e2019, na qual se utilizou o método de análise de discurso, sendo mobilizados os conceitos de condições de produção e formação discursiva. A análise das formações discursivas centrou-se em três aspectos: a visão sobre a criança, a visão sobre a Saúde Mental e as temáticas abordadas nas propostas. Os relatórios revelaram não só pouca visibilidade da saúde mental infantil no município, mas também contradições das práticas assistenciais, que ora reforçam o modelo biomédico, ora se propõem a superá-lo. Denotaram igualmente a dificuldade de identificação do papel da atenção básica na RAPSij, assim como o moroso processo de implementação dos serviços substitutivos, que continuam sendo apontados como insuficientes no atendimento das demandas municipais.



Resumo Inglês:

We analyze how issues related to child and adolescent mental health are being addressed in health and mental health conferences in the municipality of Fortaleza, State of Ceará, Brazil, since the creation of the Unified Health System, with the aim of analyzing the impact of these discourses on the establishment of the Child and Youth Psychosocial Care Network (RAPSij). This is a documentary research of the reports of the municipal conferences held between 1991 and 2019, in which the method of discourse analysis was used, and theconcepts of conditions of production and discursive formation were mobilized. The analysis of the discursive formations focused on three aspects: the view on the child, the view on Mental Health, and the themes addressed in the proposals. The reports revealed not only little visibility of the child mental health in the municipality, but also contradictions of the care practices, which sometimes reinforce the biomedical model, and sometimes propose to overcome it. They also denoted the difficulty in identifying the role of primary care in the RAPSij, as well as the slow process of implementation of substitutive services, which continue to be pointed out as insufficient in meeting municipal demands.



Resumo Espanhol:

Analizamos cómo se abordan los temas relacionados con la salud mental infanto-juvenil en las conferencias de salud y salud mental en el municipio de Fortaleza, Estado de Ceará, Brasil, desde la creación del Sistema Único de Salud, con el objetivo de analizar el impacto de estos discursos en la creación de la Red de Atención Psicosocial Infanto-Juvenil (RAPSij). Se trata de una investigación documental de los informes de las conferencias municipales realizadas entre 1991 y 2019, en la que se utilizó el método de análisis del discurso y se movilizaron los conceptos de condiciones de producción y formacióndiscursiva. El análisis de las formaciones discursivas se centró en tres aspectos: la mirada sobre el niño, la mirada sobre la Salud Mental y los temas abordados en las propuestas. Los relatos revelaron no sólo poca visibilidad de la salud mental infantilen el municipio, sino también contradicciones de las prácticas asistenciales, que a veces refuerzan el modelo biomédico, a veces proponen superarlo. También denotaron la dificultad para identificar el papel de la atención primaria en la RAPSij, así como el lento proceso de implantación de los servicios sustitutivos, que siguen siendo señalados como insuficientes para atender las demandas municipales.