A saúde mental para todos que bordeje o mal estar de cada um: a resistência da psicanálise as estratégias biopolíticas em psiquiatria ampliada

PSI UNISC

Endereço:
Av. Independência, 2293 - bloco 35, sala: 3527A - Universitário
Santa Cruz do Sul / RS
96815-900
Site: https://online.unisc.br/seer/index.php/psi
Telefone: (51) 3717-7388
ISSN: 2527-1288
Editor Chefe: Silvia Virginia Coutinho Areosa
Início Publicação: 30/06/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Psicologia

A saúde mental para todos que bordeje o mal estar de cada um: a resistência da psicanálise as estratégias biopolíticas em psiquiatria ampliada

Ano: 2018 | Volume: 2 | Número: 1
Autores: K. M. Albuquerque, C. V. Q. Pinheiro
Autor Correspondente: K. M. Albuquerque | [email protected]

Palavras-chave: psiquiatria ampliada, biopolítica, sofrimento psíquico, subjetividade, psicanálise

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os discursos em psiquiatria ampliada e seu projeto biopolítico de gestão das condutas não patológicas ocupam hoje um lugar hegemônico na problematização do sofrimento psíquico e dos modos de subjetivação nele entrelaçado. Assim, objetivamos, mediante a introdução de uma discussão sobre a dimensão ética em Psicanalise, apontar uma posição de resistência, sugerindo um modo diferenciado deste estabelecido pelo biopoder, para pensarmos o estatuto do sofrimento psíquico na atualidade.Constituímo-nos enquanto um estudo teórico conceitual orientado pela perspectiva genealógica de Michel Foucault. Composta por um conjunto de princípios metodológicos para a análise das formas do exercício do poder, a genealogia nos possibilita apreender a medicalização dos sofrimentos e comportamentos não patológicos, assim como a preocupação psiquiátrica pelos pequenos desvios e fracassos, como uma estratégia biopolítica. O discurso de ampliação da psiquiatria é produto de uma história atravessada por relações de poder, imprescindíveis à fabricação da subjetividade contemporânea. Absolutamente, só há poder porque há possibilidade de resistência. Por isso, inferimos, com a psicanalise, que o sofrimento psíquico constitui-se como um antipoder dos indivíduos em face do poder psiquiátrico e seu processo normalizador.



Resumo Inglês:

The discourses in expanded psychiatry and its biopolitical project of management of nonpathological behaviors today occupy a hegemonic place in the problematization of psychic suffering and modes of subjectivation. Thus, we objectify, through the introduction of a discussion on the ethical dimension in Psychoanalysis, point to a position of resistance, suggesting a different way of this established by the biopoder, to think about our relationship with psychic suffering today. We are constituted as a conceptual theoretical study guided by the genealogical perspective of Michel Foucault. Composed of a set of methodological principles for the analysis of the forms of the exercise of power, the genealogy enables us to grasp the medicalization of non-pathological sufferings and behaviors and the consequent psychiatric concern for small deviations and failures as a biopolitical strategy. The discourse of expansion of psychiatry is the product of a history crossed by power relations essential to the fabrication of contemporary subjectivity. Absolutely, there is only power because there is possibility of resistance. For this reason, we infer from psychoanalysis that psychic suffering constitutes an antipower of individuals in the face of psychiatric power and its normalizing process.



Resumo Espanhol:

Los discursos em psiquiatría ampliada y suproyecto biopolítico de gestión de las conductas no patológicas ocupanhoy un lugar hegemónico em la problematización del sufrimiento psíquico y de los modos de subjetivación em élentrelazado. Así, objetivamos, mediante la introducción de una discusión sobre la dimensión ética em Psicoanalisis, apuntar una posición de resistencia, sugiriendo un modo diferenciado de lo establecido por el biopoder, para pensar sobre nuestra relación com el sufrimiento psíquico en la actualidad. Nos constituimos como um estudio teórico conceptual orientado por la perspectiva genealógica de Michel Foucault. Comenzada por un conjunto de principios metodológicos para el análisis de las formas del ejercicio del poder, la genealogía nos permite aprehender la medicalización de los sufrimientos y comportamientos no patológicos y la consiguiente preocupación psiquiátrica por los pequeños desvíos y fracasos como una estrategia biopolítica. El discurso de ampliación de la psiquiatría es producto de una historia atravesada por relaciones de poder imprescindibles a la fabricación de la subjetividad contemporánea. Absolutamente, solo hay poder porque hay posibilidad de resistencia. Por eso, inferimos, com la psicoanalisis, que el sufrimiento psíquico se constituye como um antipoder de los individuos frente al poder psiquiátrico y suproceso normalizador.