Partindo da análise da produção
intelectual do médico português Antônio
Nunes Ribeiro Sanches, investigaremos como
suas propostas reformistas destinadas Ã
conservação da saúde da população
portuguesa foram apropriadas e engendraram
polÃticas de saúde pública, muitas delas
aplicadas pela Intendência Geral da PolÃcia.
Para tanto, perscrutaremos o cenário ilustrado
na segunda metade do Setecentos - contexto
de produção das obras de Sanches -,
atentando-nos aos debates acerca das
potenciais utilidades do conhecimento
cientÃfico. Ao relacionarmos as propostas de
Sanches com os esforços de normatização e
controle da atividade médica, pretendemos
compreender como a salvaguarda da saúde
pública conjugava questões de ordem
cientÃfica – a consolidação do saber médico
enquanto ciência – e de ordem polÃtica – o
fortalecimento do poderio da monarquia
portuguesa.