Objetivo: Analisar a qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV atendidas em duas unidades de saúde na cidade do Rio de Janeiro. Material e Método: Estudo descritivo, fundamentado na Teoria das Representações Sociais. O estudo foi desenvolvido com 120 pessoas que vivem com HIV que fazem acompanhamento nos Serviços de Assistência Especializada em HIV/Aids. Foi aplicado um questionário de caracterização dos participantes e outro para a coleta das evocações livres ao termo indutor “Qualidade de vida”. Os dados sociodemográficos foram analisados com o auxílio do software SPSS e os conteúdos da representação pelo EVOC 2005 e pela análise de similitude. Resultados: Houve predomínio do sexo masculino (83,3%), e da faixa etária de 30-39 anos (30%). A maioria (94,2%) relatou fazer uso regular da TARV e não sentir sintomas decorrentes do HIV (95%). Na análise da estrutura da representação foi possível identificar, no possível núcleo central, os elementos positivos boa, boa-alimentação e saúde. A análise de similitude aponta os léxicos saúde, atividade-física, lazer com maiores conexões, sendo saúde com maior número de ligações indicando sua possível centralidade. Discussão: Defende-se a hipótese que para o grupo QV significa saúde. Esta exerce forte influência na QV dos participantes e os demais conteúdos (boa-alimentação, lazer, atividade-física, trabalho, família e cuidado-saúde) refletem as condições para a manutenção e a melhora da saúde, colaborando, assim, para a qualidade de vida. Conclusão: Pode-se concluir que todos os conteúdos representacionais possuem convergência com a manutenção da saúde na busca pela qualidade de vida.