Este artigo traz uma análise de diversas formas em que a mulher foi representada em produções intersemióticas durante o século XX. A pesquisa leva a uma reflexão no tocante à inquestionável emancipação feminina no campo da sexualidade. Contudo, será mostrado, aqui, o que podemos chamar de “efeitos colaterais” do processo de emancipação, o que causou certa demonização à figura feminina. O ser mulher será abordado, portanto, sob duas vertentes: a mulher sacralizada (prototípica) e a mulher demonizada (transgressora). Para tanto, será feita uma análise de um texto, publicado em meados do século XX, por Carlos Drummond de Andrade – Caso do Vestido – e o confrontaremos com outros textos como pinturas, fotografias, filmes e músicas.
This article provides an analysis of the various ways in which women were represented in intersemiotic productions during the twentieth century. The research leads to a reflection on the unquestionable female emancipation in the field of sexuality. However, it will be shown here what we may call the "side effects" of the emancipation process, which caused some demonization of the female figure. The woman being will be approached, therefore, in two aspects: the sacralized woman (prototypical) and the demonized woman (transgressor). Therefore, an analysis of a text, published in the middle of the twentieth century, by Carlos Drummond de Andrade - Case of the Dress - will be made and we will confront it with other texts such as paintings, photographs, films and music.