Salami Science na Era do Open Data: Déjà lu e Accountability na Pesquisa em Gestão e Negócios
RAC - Revista de Administração Contemporânea
Salami Science na Era do Open Data: Déjà lu e Accountability na Pesquisa em Gestão e Negócios
Autor Correspondente: W. Mendes-Da-Silva | [email protected]
Palavras-chave: editorial, salami science, ciência aberta, dados abertos
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
É explícito o crescimento da quantidade de artigos, decorrentes de pesquisa científica, que diariamente são colocados ao dispor da sociedade por meio de publicação em periódicos científicos. De fato, conforme ilustra a Tabela 1, em 2018 foram publicados aproximadamente 2,6 milhões de artigos científicos, sugerindo uma taxa de crescimento anual ao redor de 3,8% desde 2008. Ao longo desse período, enquanto países economicamente desenvolvidos como os Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Canadá apresentaram taxas de crescimento anual inferiores à média mundial (0,71%, 1,28%, 0,67% e 1,19% respectivamente), observa-se um aumento percentual significativo de publicações nos países de economia emergente – destacando-se o crescimento (anual) da China (7,81%), Índia (10,73%), Rússia (9,88%), Brasil (5,42%) e Irã (10,99%).
Este crescimento é algo muito positivo a priori, dado que a publicação científica continua a ser a melhor forma de validar o conhecimento e de os autores verem os créditos reconhecidos. Contudo, ele impõe um conjunto de custos igualmente crescentes. Destacamos não apenas custos financeiros, mas também custos que costumam ser esquecidos, tais como carga de trabalho cada vez mais onerosa para os avaliadores e alocação de recursos para processar submissões (sim, existe um custo considerável nessas atividades). Colocados em conjunto, e observadas condições de estoque e de fluxo, parece razoável examinar e manter sob observação a sustentabilidade da publicação científica como a conhecemos, especialmente aquela de acesso aberto. O campo de pesquisa em gestão e negócios, assim como demais campos de conhecimento, está sujeito a essas preocupações, e a Revista de Administração Contemporânea (RAC) compartilha essas preocupações.
Resumo Inglês:
The growth in the number of scientific research articles that are daily made available to society through their publication in scientific journals has been explicit. In fact, as illustrated by Table 1, in 2018 approximately 2.6 million scientific articles were published, which suggests an annual growth in the area of 3.8% since 2008. During this period, while economically developed countries such as the United States, Germany, the United Kingdom, and Canada have presented annual growth rates inferior to the world average (0.71%, 1.28%, 0.67%, and 1.19% respectively), there has been a significant percentage growth in the number of publications in economically emerging countries — including the annual growth rates of China (7.81%), India (10.73%), Russia (9.88%), Brazil (5.42%), and Iran (10.99%).
A priori this growth is very positive, since scientific publications continue to be the best way to validate knowledge and for the authors to receive recognized credit. However, it imposes a group of equally growing costs. We can highlight not just financial costs, but also costs that tend to be forgotten, such as more and more onerous workloads for evaluators and the allocation of resources to process submissions (yes, there is a considerable cost in these activities). Examined together with observed conditions of stocks and flows, it appears reasonable to examine and maintain under observation the sustainability of scientific publication as we know it, especially in terms of open access. The field of management and business, like other fields of knowledge, is subject to these preoccupations, and the Journal of Contemporary Administration (RAC) shares these concerns.