Introdução: A grade curricular da maior parte dos cursos de graduação em medicina do Brasil carece de carga horária prática adequada ao aprendizado das disciplinas de abordagem ao paciente crítico, assim a simulação realística de alta fidelidade pode ser uma alternativa válida para promoção do ensino sem danos para estudantes e pacientes. Objetivos: Avaliar a satisfação e autoconfiança dos alunos da graduação em medicina após dois cenários de prática com simulação nos cenários de abordagem ao paciente com insuficiência respiratória aguda (IRpA) e em choque hemodinâmico (CH). Métodos: Para avaliação da satisfação e autoconfiança dos alunos foi utilizado um instrumento validado após as respectivas práticas no centro de simulação realística. Resultados: o instrumento foi respondido voluntariamente por 39 alunos da graduação. Na Escala de satisfação de estudantes e na Escala de autoconfiança na aprendizagem, o escore médio obtido no cenário de IRpA foi de 4,80, sendo obtido 4,99 na subescala de satisfação e 4,71 na de autoconfiança. No cenário de CH, o escore médio foi de 4,73, sendo obtido também 4,99 na subescala de satisfação e 4,61 na de autoconfiança. Conclusão: Embora as oportunidades de aprendizado prático dos temas de abordagem ao paciente crítico sejam limitadas, a simulação realística pode ser uma metodologia de ensino eficaz para suprimir essa demanda.