Sebastião de Souza, um artesão do cinema paulista

Lumina

Endereço:
FACOM - Universidade Federal de Juiz de ForaRua Professor Lourenço Kelmer, s/nCampus Martelos
Juiz de Fora / MG
36036-330
Site: https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina
Telefone: (32) 2102-3601
ISSN: 19814070
Editor Chefe: Gabriela Borges Martins Caravela
Início Publicação: 31/05/2007
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Comunicação

Sebastião de Souza, um artesão do cinema paulista

Ano: 2022 | Volume: 16 | Número: 1
Autores: Felipe Abramovictz, André Gustavo de Paula Eduardo
Autor Correspondente: Felipe Abramovictz | [email protected]

Palavras-chave: Sebastião de Souza, Cinema Brasileiro, Cinema de Invenção, Ditadura Militar, Entrevista, Sebastião de Souza, Brazilian Cinema, Invention Cinema, Military Dictatorship, Interview

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Sebastião de Souza é diretor de Transplante de Mãe (episódio de Em Cada Coração um Punhal, 1969), dos curtas Cu da Mãe (1969) e Festa do Divino (1969) e do longa O Quarto da Viúva (1975). Nesta entrevista comenta sua trajetória no cinema, em especial, as contundentes obras que realizou no contexto pós-AI-5 e sua colaboração com cineastas como Roberto Santos, Luiz Sérgio Person, Maurice Capovilla, Sylvio Back e Carlos Reichenbach. Com longeva trajetória no teatro e na fotografia, estreou no cinema como assistente de direção e diretor de arte de O Caso dos Irmãos Naves (1967) e, a partir de então, colaborou nas mais diversas funções em projetos emblemáticos do cinema paulista, em um contexto no qual emerge uma nova geração de cineastas — pertencentes ao dito “cinema de invenção” — em busca de novas formas de significação e reação ao contexto autoritário imposto após o Golpe de 1964. Neste sentido, obras como Cu da Mãe e Transplante de Mãe, cujas trilhas sonoras são assinadas por ninguém menos do que Rogério Duprat, são exemplos ímpares de um projeto de cinema que — em meio a um momento de forte censura e repressão como aquele que marcou o fim da década de 1960 — resiste e subverte as normas a partir de uma fruição da “liberdade do fazer”, como o próprio cineasta define, em uma radical experimentação dos limites da representação sensível às tendências contraculturais e ao tropicalismo.