O Hospital Colônia Itapuã (HCI) surgiu em 11 de maio de 1940, atendendo
a uma polÃtica de saúde pública que segregava indivÃduos portadores de
HansenÃase. Sob essa perspectiva, tivemos a constituição gradual de uma comunidade
que procurava reconstituir, no HCI, a sociedade “além muros†que os excluia,
chegando a abrigar cerca de 700 pacientes. No inÃcio da década de 60, tivemos o
controle da doença e a diminuição da incidência de casos no Rio Grande do Sul,
ocorrendo muitas altas e diminuindo o número de internados.
Assim, tornou-se possÃvel dar abrigo a novos moradores. Em 07 de julho de
1972, tivemos o inÃcio do Projeto Centro AgrÃcola de Reabilitação – CAR, resultante
de uma polÃtica de saúde pública que buscava a reinserção social de pacientes portadores
de sofrimento psÃquico por meio da laborterapia. Foram transferidos para o
HCI cerca de 150 pacientes oriundos do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Embora
uma novidade na polÃtica de saúde mental, a mesma reforçou o caráter asilar do
Hospital.
Este trabalho procura relatar a história desses pacientes dentro da instituição
em uma perspectiva social, objetivando analisar o que foi feito para reintegrar estes
egressos do internamento compulsório à sociedade, ao longo dos 61 anos do Hospital
Colônia Itapuã.
The Hospital Colônia Itapuã (HCI) was founded on May 11, 1940,
assisting on public health politics that segregated individuals bearers of Hansen’s
disease. In such perspective, we had the gradual constitution of a community that
tried to reconstitute, in HCI, the society “beyond the walls†that excluded them,
sheltering about 700 patients. In the beginning of the 1960’s, there was the control of
the disease and the decrease of the incidence of cases in Rio Grande do Sul, with a
lot of discharges and reducing the number of interned patients. Thus, it was possible
to shelter new residents. On July 07, 1972, there was the beginning of the Projeto
Centro AgrÃcola de Reabilitação – CAR, resulting from public health politics that
looked for the social reinsertion of patient bearers of psychic suffering through the
labortherapy. About 150 patients originating from the Hospital Psiquiátrico São Pedro
were transferred to HCI. Although an innovation in the politics of mental health, the
same reinforced the character of shelter of the Hospital.
This paper tries to tell the history of those patients inside the institution in a
social perspective, aiming at analyzing what was done to reinstate those people
coming from the compulsory internment to the society, along the 61 years of the
Hospital Colônia Itapuã.
El Hospital Colônia Itapuã (HCI) surgió en el 11 de mayo de 1940,
atendiendo a una polÃtica de salud pública que segregaba individuos portadores de
HansenÃasis. Bajo esa perspectiva, tuvimos la constitución gradual de una
comunidad que buscaba reconstituir, en el HCI, la sociedad “extra muros†que los
excluÃa, llegando a abrigar cerca de 700 pacientes. En el inicio de la década de 60,
tuvimos el control de la enfermedad y la disminución de la incidencia de casos en el
Rio Grande do Sul, ocurriendo muchas altas y disminuyendo el número de internados.
De esa manera, se posibilitó dar abrigo a nuevos habitantes. En 07 de julio de
1972, tuvimos el inicio del Proyecto CAR (Centro AgrÃcola de Reabilitação), resultante
de una polÃtica de salud pública que buscaba la reinserción social de pacientes
portadores de sufrimiento psÃquico por medio de la laborterapia. Fueron transferidos
para el HCI cerca de 150 pacientes oriundos del Hospital Psiquiátrico São Pedro.
Aunque siendo una novedad en la polÃtica de salud mental, la misma ha reforzado el
carácter asilar del Hospital.
Este trabajo busca relatar la historia de esos pacientes dentro de la institución,
en una perspectiva social, objetivando analisar lo que fue hecho para reintegrar
estos egresos del internamiento compulsorio a la sociedad a lo largo de los 61 años
del Hospital Colônia Itapuã.