O presente texto buscou fazer uma reflexão sobre a insegurança que as mulheres brasileiras sentem nos espaços urbanos. A maneira de se pensar o espaço público e consequentemente políticas de segurança pública, não leva em consideração as necessidades dessas. Assim, ao disfrutar do espaço público, as mulheres se deparam com recorrentes sentimentos de insegurança e medo, tais sentimentos alcançam principalmente mulheres em situação de pobreza e trabalhadoras que utilizam de transportes públicos ao se locomoverem. Buscou-se compreender e problematizar a teia de relações tecidas nos espaços, potencializadas pelo medo. A metodologia utilizada foi análise de dados do Mapa da violência de (2015), Pesquisa Nacional de Vitimização (2013), e da Pesquisa Cidade Segura 2011, amparada na Sociologia da violência e teorias feministas.