Este trabalho tem como objetivo analisar as atuais estratégias desenvolvidas pelos atores políticos brasileiros paracontrolar os elevados índices de criminalidade. Procura-se demonstrar que as estratégias seguem duas linhasdiametralmente opostas, mas que se tornaram recorrentes nas sociedades ocidentais a partir do último quartel do séculoXX. Tomando como referência de análise teórico-metodológica David Garland, assume-se, como hipótese, que os atorespolíticos brasileiros na contemporaneidade formulam e implementam políticas públicas de segurança tendo uma posturade caráter estratégico de parcerias preventivas, por um lado, e de segregação punitiva, por outro, engajando-se assimaos modelos anglo-saxônicos neoliberal e neoconservador que surgiram no final da década de 1970 em contraposiçãoao modelo previdenciário do Estado de bem-estar social.