O morangueiro (Fragaria x ananassa Duch) representa hoje uma das mais importantes culturas agrÃcolas do Sul de Minas Gerais, e também relevante no cenário nacional. É intenso o emprego de agrotóxicos no manejo de pragas nessa cultura. Dentre as pragas, os ácaros destacam-se pelo seu alto potencial biótico, elevado prejuÃzo provocado aos agricultores e pela grande dificuldade de controle com agrotóxicos convencionais devido ao surgimento de populações resistentes dessa praga na cultura. Para realizar o controle do ácaro-praga Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae), o predador Phytoseiulus macropilis (Banks) (Acari: Phytoseiidae) vem sendo empregado em lavouras de morango dessa região com sucesso. Porém, alguns pesticidas causam efeito nocivo a essa espécie de predador. Perante esse problema, torna-se necessário estudos com agrotóxicos que possam ser inócuos ao ácaro predador e possuam um baixo espectro de ação, podendo, serem utilizados na Produção Integrada de Morango (PIMo). O objetivo do trabalho foi avaliar a seletividade de produtos fitossanitários utilizados na cultura do morangueiro a P. macropilis em condições de laboratório. Foram conduzidos três bioensaios no Laboratório de Controle Biológico do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais, Campus Inconfidentes. Os produtos testados, em g de i.a. L-1 de água foram: abamectina (0,1), fempropatrina (0,065), propargito (0,03), iprodiona (0,15), azoxistrobina (0,02) e enxofre (0,3). Avaliaram-se o efeito dos compostos sobre a mortalidade dos indivÃduos por meio da aplicação direta sobre adultos de P. macropilis, da ingestão de presas contaminadas, e do contato dos predadores com superfÃcies tratadas. Independente da
forma de contato, abamectina mostrou-se prejudicial a P. macropilis. Fempropatrina, propargito, iprodiona, azoxistrobina e enxofre não afetaram o predador e foram classificados como inócuos para esse predador em condições de laboratório, segundo escala de toxicidade proposta pela IOBC. Compostos seletivos podem ser empregados no manejo integrado de pragas em morangueiros em associação com o predador P. macropilis.
The Strawberry crop (Fragaria x ananassa Duch) is very important agricultural crop in South of state of the Minas Gerais, and also relevant in Brazil. In this crop, is intensive the use of pesticides for the integrated pest management (IPM). Among the pest, the mites highlight for your high biotic potential, damage caused to the farmers and control difficulty with conventional pesticides. For the Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae) control, the predator Phytoseiulus macropilis (Banks) (Acari: Phytoseiidae) it has been used in strawberry crop with successful. However, the biological control with P. macropilis it has been harmed by the disordered application of pesticides in the strawberry crop,
that are harmful for this species. Thus, this necessary the realization of the researches whit pesticides that can be innocuous to the mite predator, and present a low action spectrum, still being able to, they be used in the Integrated Production of Strawberry (PIMo). The aim of this work was to evaluated the selectivity of pesticides used in strawberry crop on P. macropilis in laboratory conditions. The bioassays was carried out in the Laboratory of Biological Control of Federal Institute of South of Minas Gerais, Campus Inconfidentes, Brazil. The compounds tested in g of a.i. L-1 of water
were: abamectin (0.1), fenpropathrin (0.065), propargite (0.03), iprodione (0.15), azoxystrobin
(0.02) and sulfur (0.3). The effect of direct application of compounds, consumption of contaminated pray and direct contact of surfaces treated whit predators on mortality of P. macropilis adults was evaluated. Independent of contact way, abamectin showed harmful to P. macropilis. Fenpropathrin, propargite, iprodione, azoxystrobin and sulfur didn’t affect the predator and were classified as selective for that predator in laboratory conditions, second toxicity scale proposed by IOBC members.
Selective compounds can be used in the IPM in strawberry crop in association with the predator P. macropilis.