Seletividade Fisiológica de Inseticidas a Vespas Predadoras (Hymenoptera: Vespidae) de Leucoptera coffeella (Lepidoptera: Lyonetiidae)

Bioassay

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ISSN: 18098460
Editor Chefe: [email protected]
Início Publicação: 31/12/2005
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Agronomia

Seletividade Fisiológica de Inseticidas a Vespas Predadoras (Hymenoptera: Vespidae) de Leucoptera coffeella (Lepidoptera: Lyonetiidae)

Ano: 2006 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Leandro Bacci, ELISEU J.G. PEREIRA, FLÁVIO L. FERNANDES, Marcelo C. Picanço, ANDRÉ L.B. CRESPO, MATEUS R. CAMPOS
Autor Correspondente: Leandro Bacci | [email protected]

Palavras-chave: bicho-mineiro do cafeeiro, vespas, protonectarina sylveirae, polybia scutellaris, protopolybia exigua

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A conservação de inimigos naturais é um componente importante no manejo integrado de pragas.
Neste trabalho, estudou-se a seletividade de 11 inseticidas usados para manejar Leucoptera coffeella (Guérin-
Méneville) aos predadores Protonectarina sylveirae (Saussure), Polybia scutellaris (White) e Protopolybia exigua
(Saussure) (Hymenoptera: Vespidae). Os inseticidas foram empregados em concentrações que correspondem a 50%
e 100% da dosagem utilizada para o manejo de L. coffeella. Os organofosforados (exceto a subdose do etiom a P.
scutellaris) foram altamente tóxicos aos três Vespidae estudados. Cartape não apresentou seletividade em favor de P.
escutellaris e P. exigua, mas foi medianamente tóxico a P. sylveirae. Os piretróides cipermetrina, deltametrina,
betaciflutrina, zetacipermetrina e esfenvalerato foram seletivos a pelo menos uma espécie de Vespidae estudada. As
mortalidades causadas por etiom, cipermetrina, deltametrina, betaciflutrina e zetacipermetrina a P. scutellaris
decresceram quando se utilizou metade das doses. Essa redução na mortalidade também foi observada para
permetrina em P. exigua e para deltametrina em P. sylveirae. P. sylveirae foi mais tolerante ao cartape do que P.
scutellaris e P. exigua. A vespa P. scutellaris foi mais tolerante ao etiom do que P. sylveirae e P. exigua. A espécie
P. exigua foi a mais tolerante a piretróides. Os resultados dessa pesquisa foram obtidos em condições de exposição
extrema e, portanto indicam que piretróides são possivelmente seletivos a vespas predadoras em condições de
campo. Os possíveis mecanismos relacionados à seletividade e tolerância das vespas aos inseticidas são discutidos
neste trabalho.



Resumo Inglês:

Conservation of natural enemies is an important component of integrated pest management. In this
work, the selectivity of 11 insecticides used for management of Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) was
studied to Protonectarina sylveirae (Saussure), Polybia scutellaris (White) and Protopolybia exigua (Saussure)
(Hymenoptera: Vespidae). The insecticides were applied in concentrations corresponding to 50% and 100% of the
field rates used for management of L. coffeella. The organophosphates (except to the 50% rate of ethion to P.
scutellaris) were highly toxic to all three Vespidae species. Cartap was highly toxic to P. escutellaris and P. exigua
but showed median selectivity to P. sylveirae. The pyrethroids cypermethrin, deltamethrin, betacyfluthrin,
zetacypermethrin, and esfenvalerate were selective to at least one of wasp species. The mortality of P. scutelaris
caused by ethion, cypermethrin, deltamethrin, betacyfluthrin and zetacypermethrin decreased when 50% of the
recommended rates were used. This reduction was also observed for the mortality of P. exigua by permethrin and
for the mortality of P. sylveirae by deltamethrin. P. sylveirae was the most tolerant species to cartap; P. scutellaris
was the most tolerant to ethion, while P. exigua was more tolerant to pyrethroids than P. scutellaris and P. sylveirae.
The results of this research indicate that pyrethroid insecticides are likely to be selective to predatory wasps in field
settings given their overall selectivity in the conditions of extreme exposure of this study. The possible mechanisms
underlying the selectivity of these compounds and the differential tolerance of the wasps are discussed.