Semiótica das estruturas sociais

Estudos Semióticos

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ISSN: 1980-4016
Editor Chefe: Ivã Carlos Lopes
Início Publicação: 30/11/2005
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística

Semiótica das estruturas sociais

Ano: 2020 | Volume: 16 | Número: 2
Autores: Lucas Calil
Autor Correspondente: Lucas Calil | [email protected]

Palavras-chave: formas de vida, sociologia da semiótica, semiosferas, capital cultural e econômico, estruturas de propagação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O prolongado debate sobre o fazer semiótica frente à própria historiografia da disciplina e às demais ciências sociais se vê fragmentado em duas frentes: a primeira é a reorganização da semiótica enquanto profissão e método de análise; a segunda busca desenvolver, a partir da teoria já estabelecida, novos recursos de pesquisa e compreensão dos processos de construção do(s) sentido(s). Parte dessa bifurcação, portanto, a proposta para este artigo, com o entendimento de que há espaço na atual literatura semiótica para uma abordagem sobre as condições gerais anteriores ao ato enunciativo – cujas bases e regulações socioculturais delimitam as estratégias passíveis de reprodução, modificação e potencialização do(s) sentido(s) em sociedade. Em ponte obrigatória com a sociologia, esta proposta de modelo organizacional pressupõe quatro argumentos-chave: a reflexão atualizada de Fontanille (2015) sobre as formas de vida e a estratificação do sentido por reprodução e estabilização, adotada como ponto de partida; a concepção de semiosfera, conforme Lotman (1999); e os procedimentos coletivos de difusão semiótica – as pontes de interlocução entre os grupos sociais –, com base em Granovetter (1973); e de relações de capital, segundo Bourdieu (2015), que alinham as práticas, valores e regimes de crença em desigualdade de poder e propagação.



Resumo Inglês:

The  prolonged  debate  about how  to  do  semioticsin  face  of  the discipline’s  own  historiography  and  in  regards  to  other  social  sciences  is fragmented on two fronts: the first one is the reorganization of semiotics as a profession and analytical method; the second intends to develop, based on the alreadyestablished theory, new resources for the research and understanding of meaning(s)  construction  processes.  Therefore,  the  proposal  for  this  article  is based  on  this  bifurcation,  with  the  understanding  that  there  is  room,  in  the current semiotic literature, for an approach of the general conditions prior to the enunciative  act –whose  socio-cultural  bases  and  regulations  delimit  the strategies  that  can  be  reproduced,  modified  and  amplified  in  society.  In mandatory  bridge  with  sociology,  this  proposal  for  anorganizational  model presupposes  four  key  arguments:  Fontanille’s  (2015)  updated  reflection  on forms  of  lifeand  meaning  stratification  by  reproduction  and  stabilization, adopted as a starting  point; the concept of semiosphere, according to Lotman (1999);the  collective  semiotic  procedures  of  diffusion –the  bridges  between social groups –, based on Granovetter (1973); and of capital relations, according to  Bourdieu  (2015),  that  align  the  practices,  values  and regimes  of  beliefin inequality of power and propagation.