A semiótica das imagens-pulsão no filme Cisne Negro (2010)

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ISSN: 1807-8583
Editor Chefe: Basílio Sartor / Suely Fragoso
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Comunicação

A semiótica das imagens-pulsão no filme Cisne Negro (2010)

Ano: 2021 | Volume: 0 | Número: 52
Autores: Rafael Wagner dos Santos Costa
Autor Correspondente: Rafael Wagner dos Santos Costa | [email protected]

Palavras-chave: Cinema, Imagem-pulsão, Semiótica, Primeiridade, Secundidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem como objetivo analisar, sob o viés teórico de Charles Sanders Peirce, a constituição das imagens-pulsão presentes no filme Cisne Negro (2010), de Darren Aronofsky. Para tanto, entendemos que a imagem-pulsão, tipo de imagemmovimento criada e desenvolvida por Gilles Deleuze, é formada pelo mundo originário e pelo meio derivado, podendo ser entrópica e/ou cíclica. São as pulsões do bem e do mal, corporificadas nas figuras do cisne branco e do cisne negro, que permeiam o longa-metragem de Aronofsky. Assim, através da análise de cenas e fotogramas, abordamos como se dá a manifestação e o funcionamento dessas imagens-pulsão pelo prisma semiótico. Concluímos, corroborando a hipótese de Deleuze, que a imagem-pulsão se encontra entalada entre uma imagem-afecção e uma imagem-ação pelo fato desse signo cinematográfico não constituir necessariamente um ícone ou um índice, mas ocupando um espaço alocado no vácuo entre os dois, instaurando, dessa forma, uma sensação constante, compreendida no limiar entre um fenômeno de primeiridade e outro de secundidade peirceana.



Resumo Inglês:

This paper aims to analyze by the theoretical perspective of Charles Sanders Peirce the constitution of the drive images in the film Black Swan (2010), directed by Darren Aronofsky. To this finality, we understand that the drive image, a type of movement image created and developed by Gilles Deleuze, is formed by the original world and the derived environment, which can be entropic and/or cyclical. It is the drives of the good and evil, embodied in the figures of the white swan and the black swan, that permeate Aronofsky's feature film. Thus, through the analysis of scenes and frames, we approach how the manifestation and functioning of these drive images occurs through the semiotic prism. We conclude, corroborating Deleuze's hypothesis, that the drive image is caught between an affection image and an action image because this cinematographic sign does not necessarily constitute an icon or an index, but occupies a space allocated in the vacuum between both, establishing, in this way, a constant sensation, understood in the threshold between a phenomenon of firstness and another of secondness.