Em A caverna, de Saramago, a alegoria do Centro provoca o sofrimento do protagonista, cuja força de trabalho é inutilizada em um universo capitalista no qual o mercado dita regras de aceitação e inserção do humano. Analogamente, em A Caligrafia de Deus, de Márcio Souza, há inutilização da mão de obra e marginalização ocasionadas pelo advento da Zona Franca. Propomos o diálogo dessas obras como veículos de representações históricas que refletem os questionamentos da modernidade especialmente na relação entre memória e trabalho. Nesse sentido, são alegóricas, na expressão benjaminiana, revestindo-se do elemento narrativo e representando o declínio da humanidade.
In A caverna, by Saramago, the allegory of the Center causes the suffering of the protagonist, whose work force is destroyed in a capitalist universe in which the market dictates rules the human acceptance and insertion. Similarly, in A caligrafia de Deus, by Márcio Souza, the worker is rendered unusable and marginalized by the advent of the “Zona Franca de Manaus”. We propose the dialogue of these works as vehicles of historical representations that reflects the questions of modernity especially between memory and work. In this sense they are allegorical, in the Benjamin’s expression, clothed with the narrative element and representing the decline of humanity.