Este breve ensaio analisa a série de poemas Homeóstatos de José-Alberto Marques como motores textuais. Ao tornar o código numa componente do texto, os Homeóstatos tipificam o poema experimental como uma investigação sobre a linguagem, a escrita e a leitura. A espacialização do texto na página é ativada de modo a produzir efeitos gerativos, combinatórios e ideogramáticos. Simultaneamente textos e instruções para gerar textos, os Homeóstatos constituem um exemplo de uma poética informacional que tira partido da dinâmica entre poema e sistema da lÃngua para explorar os atos de escrita e leitura como processamento de sinais.