Sepse neonatal – perfil microbiológico e sensibilidade antimicrobiana em um hospital no Nordeste do Brasil

REVISTA BRASILEIRA DE ANÁLISES CLÍNICAS

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ISSN: 24483877
Editor Chefe: Paulo Murillo Neufeld
Início Publicação: 30/06/2016
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Bioquímica, Área de Estudo: Farmacologia, Área de Estudo: Imunologia, Área de Estudo: Microbiologia, Área de Estudo: Parasitologia, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Farmácia, Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Multidisciplinar

Sepse neonatal – perfil microbiológico e sensibilidade antimicrobiana em um hospital no Nordeste do Brasil

Ano: 2019 | Volume: 51 | Número: 1
Autores: Natanael Aguiar de Sousa, Camila Gomes Virginio Coelho, Carlos Henrique Soares de Mesquita, Francisco Gustavo Barbosa Pires, Patrícia Batista Rosa, Izabelly Linhares Ponte Brito
Autor Correspondente: Natanael Aguiar de Sousa | [email protected]

Palavras-chave: sepse neonatal, resistência microbiana a medicamentos, unidades de terapia intensiva neonatal, testes de sensibilidade microbiana, hemocultura

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Determinar a prevalência de microrganismos e o perfil de sensibilidade antimicrobiana em hemoculturas positivas de pacientes com infecção de corrente sanguínea na Unidade de Terapia Intensiva neonatal de um hospital no Nordeste brasileiro. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, com descrição quantitativa dos resultados de hemoculturas de neonatos admitidos na unidade terapia intensiva neonatal de um hospital do Nordeste brasileiro. Resultados: A sepse neonatal teve como principal etiologia bactérias Gram-positivas, responsáveis por 73,1% das culturas positivas, sendo o Staphylococcus Coagulase-negativa o principal agente, enquanto que 21,5% se deram por um agente Gram-negativo. As bactérias Gram-positivas apresentaram boa sensibilidade ao linezolida e à vancomicina e a maioria das Gram-negativas foi sensível a colistina, meropenem e imipenem. Todos os isolados de Staphylococcus coagulase negativa foram sensíveis ao linezolida, à vancomicina e à tigeciclina. Conclusão: O conhecimento das características relacionadas à sensibilidade e resistência antimicrobiana é fundamental para uma melhor abordagem ao paciente com sepse neonatal, promovendo um manejo mais direcionado que possibilita uma recuperação mais rápida do recém-nascido. O conhecimento adquirido com esse estudo possibilitará um tratamento mais eficiente em cada caso, com base no quadro apresentado pelo paciente e as características do agente causador.



Resumo Inglês:

Objective: To determine the prevalence of microorganisms and the antimicrobial sensitivity profile in positive blood cultures of patients with bloodstream infection in the neonatal Intensive Care Unit of a hospital in the Brazilian Northeast. Methods: Cross-sectional, retrospective study with quantitative description of hemoculture results of neonates admitted to the neonatal intensive care unit of a Brazilian Northeast hospital. Results: Neonatal sepsis had as its main etiology Gram-positive bacteria responsible for 73.1% of the positive cultures, with coagulase-negative Staphylococcus being the main agent, while 21.5% were due to a Gram-negative agent. Gram-positive bacteria showed good sensitivity to linezolid and vancomycin and most Gram-negative strains were susceptible to colistin, meropenem and imipenem. All coagulase-negative Staphylococcus isolates were sensitive to linezolid, vancomycin and tigecycline. Conclusion: Knowledge of the characteristics related to antimicrobial susceptibility and resistance is fundamental for a better approach to the patient with neonatal sepsis, promoting a more targeted management that allows a faster recovery of the newborn. The knowledge gained from this study will allow a more efficient treatment in each case, based on the patient’s presentation and the characteristics of the causative agent.