No presente artigo temos a intenção de refletir sobre a obra Historiografia clássica do cinema brasileiro (1995), do crítico cinematográfico Jean-Claude Bernardet, especialmente resgatando a historicidade de algumas de suas críticas que colocaram sob suspeita a “historiografia clássica” do cinema brasileiro. Como arcabouço teórico-metodológico, consideramos as proposições de Michel de Certeau (2007) acerca do lugar social dos pesquisadores da história, sobretudo acerca da “instituição do saber”, a “relação dos pesquisadores com a sociedade” e a “permissão e interdição” de suas obras.