A partir da biografia de Anna Freud - escrita pela psicanalista Elisabeth Youg-Bruehl, em 1992 - e de registros de sua relação com Dorothy Tiffany Burlingham, este artigo se configura em uma criação narrativa que contém dados considerados “reais”, bem como dados considerados “ficcionais”, sobre a relação entre essas duas mulheres. Partindo da consideração de um lugar específico frente aos marcadores de gênero e orientação sexual, faço referência a Anna e Dorothy como as primeiras analistas lésbicas de quem temos registros na história da psicanálise para, então, pensar sobre se estes dois marcadores (mulher e lésbica) disparam ou não consequências, nuances, ações e reações no campo da teoria, da clínica, da formação e da transmissão em psicanálise. Tento, com essa fabulação, um diálogo com a história da psicanálise e com o dispositivo clínico na forma como o vivencio e interpreto, presentemente, na minha própria clínica e a partir desse lugar identitário específico que é “ ser uma psicanalista lésbica”.
Based on the biography of Anna Freud - written by the psychoanalyst Elisabeth Youg-Bruehl, in 1992 - and records of her relationship with Dorothy Tiffany Burlingham, this article is configured in a narrative creation that contains data considered “real”, as well as data considered “Fictional”, about the relationship between these two women. Starting from considering a specific place in the face of gender and sexual orientation markers, I refer to Anna and Dorothy as the first lesbian analysts of whom we have records in the history of psychoanalysis to then think about whether these two markers (woman and lesbian) they trigger or not consequences, nuances, actions and reactions in the field of theory, clinic, training and transmission in psychoanalysis. With this fabulation, I try to dialogue with the history of psychoanalysis and with the clinical device in the way I experience and interpret it, at the moment, in my own clinic and from that specific identity that is “to be a lesbian psychoanalyst”.
En
Basado en la biografía de Anna Freud, escrita por la psicoanalista Elisabeth Youg-Bruehl, en 1992, y en los registros de su relación con Dorothy Tiffany Burlingham, este artículo está creado en una creación narrativa que contiene datos considerados "reales", así como datos considerados "Ficticio", sobre la relación entre estas dos mujeres. Comenzando por considerar un lugar específico frente a los marcadores de género y orientación sexual, me refiero a Anna y Dorothy como las primeras analistas lesbianas de las que tenemos registros en la historia del psicoanálisis para luego pensar si estos dos marcadores (mujer y lesbiana) desencadenan o no consecuencias, matices, acciones y reacciones en el campo de la teoría, clínica, capacitación y transmisión en psicoanálisis. Con esta fabulación, trato de dialogar con la historia del psicoanálisis y con el dispositivo clínico en la forma en que lo experimento e interpreto, en la actualidad, en mi propia clínica y desde esa identidad específica que es "ser una psicoanalista lesbiana".