A formação peculiar que o Estado brasileiro assume ao longo de sua história, imbricando patrimonialismo e burocracia, rebaterá fortemente na forma que este escolhe para gerir suas políticas públicas, principalmente as econômicas e sociais. A gestão pública de políticas sociais na contemporaneidade vem sendo executada em um contexto de financeirização do capital por um Estado neoliberal que se reduz cada vez mais na garantia de direitos e cidadania. Sendo o Serviço Social uma profissão que nasce no quadro do desenvolvimento do capitalismo, na emergência da questão social e que atuará diretamente nas expressões mais radicais desta, através de políticas sociais oferecidas pelo Estado, faz-se necessária uma reflexão sobre a inserção da profissão neste contexto. É necessário que o profissional assuma postura crítica diante da realidade e que a atuação esteja pautada num projeto profissional comprometido com a emancipação humana.