Sigilo na atenção em DST/AIDS: do consultório aos processos organizacionais

Polis e Psique

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ISSN: 2238-152X
Editor Chefe: Neuza Guarechi
Início Publicação: 28/02/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Psicologia

Sigilo na atenção em DST/AIDS: do consultório aos processos organizacionais

Ano: 2011 | Volume: 1 | Número: Especial
Autores: Renata Bellenzani, Rúbia de Fátima Mendes
Autor Correspondente: R. Bellenzani, R. de F. Mendes | [email protected]

Palavras-chave: HIV/AIDS, Sigilo, Privacidade, Cuidado em Saúde, Humanização.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O sigilo integra o cuidado em saúde para proteger as pessoas com HIV/Aids, ou “sob
suspeita”, do estigma/discriminação. A partir de observações etnográficas buscou-se
compreender sentidos e práticas envolvendo sigilo e privacidade em um serviço especializado
em DST/Aids, num município pequeno, no Estado de Mato Grosso do Sul. A análise, de cunho
construcionista social, de episódios e conversações evidenciou a valorização do sigilo no plano
discursivo, mas em razão de limites tênues entre privacidade e sociabilidade em municípios
interioranos “quebras de sigilo” eram práticas sociais naturalizadas, não intencionais,
tampouco reconhecidas como falhas técnicas/éticas. A análise revelou que fluxos e processos
de trabalho violavam a privacidade de usuários. O sentido de manter sigilo era, predominantemente, o de não revelar a soropositividade dos pacientes; não se associava aos
modos de organização do trabalho. Acreditamos que ao problematizarem os sentidos e
implicações locais de suas práticas, as equipes podem construir novas práticas e realidades
institucionais adensadas pelos referenciais do Cuidado, Humanização e Atenção Psicossocial.