A significação do óbito hospitalar para enfermeiros e médicos

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ISSN: 2175-6783
Editor Chefe: Ana Fatima Carvalho Fernandes
Início Publicação: 10/01/2000
Periodicidade: Diário
Área de Estudo: Ciências da Saúde

A significação do óbito hospitalar para enfermeiros e médicos

Ano: 2006 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: C. A. D. Nascimento, A. B. Silva, M. C. Silva, M. H. M. Pereira
Autor Correspondente: C. A. D. Nascimento | [email protected]

Palavras-chave: Morte, Atitude frente à morte, Enfermagem, Médicos.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Na contemporaneidade, a temática da morte foi paulatinamente excluída do âmbito sócio-cultural e, particularmente, da formação e prática dos profissionais de saúde, especialmente Enfermeiros e Médicos. Nesse contexto, o estudo objetivou identificar as significações desses profissionais sobre a situação na qual, no hospital, se materializa o processo de morrer, ou seja, o óbito hospitalar. Para tanto, segundo a análise do conteúdo do discurso e deste, enquanto prática de produção de sentido, categorizou-se e se interpretou um conjunto de 34 entrevistas semi-estruturadas de Enfermeiros (17) e Médicos (17). Os resultados evidenciaram que: (a) a formação, na graduação, exclui a abordagem dos aspectos psicossociais do óbito, (b) a relação com a família do paciente em óbito é significada como de envolvimento ou distanciamento e (c) a relação com o paciente é significada como de aceitação, defesa ou mobilização afetiva. Espera-se contribuir para a humanização da vivência do óbito hospitalar.



Resumo Inglês:

Nowadays, death has been slowly excluded from the social and cultural scope and, particularly, from the background and practice of health professionals, especially Nurses and Doctors. This paper aimed at identifying the meaning of these professionals concerning the situation in which the process of dying in the hospital is materialized. Therefore, considering the discourse content and its analysis as a practice of meaning production, it categorized. Therefore, considering the discourse content and its analysis as a practice of meaning production, it categorized and interpreted a group of 34 semi-structured interviews with Nurses (17) and Doctors (17). Results showed that: (a) university education excludes the approach of the psychosocial aspects of death; (b) the relationship with the dying patient’s family is understood as involvement or distancing and (c) the relationship with the patient is understood as acceptance, defense or affective mobilization. We hope that this work will somehow contribute to the humanization while experiencing death in hospitals.