Análise das relações entre sons e imagens em Los Muertos e Liverpool, do cineasta argentino
Lisandro Alonso. Interessa-nos especificamente o papel narrativo dos ruÃdos e dos
sons ambientes, o espaço de destaque dado a tais elementos, em contraposição à pouca
presença de músicas e diálogos, e em conjunto com a utilização contumaz do plano-sequência.
Assim, o objetivo maior desta comunicação seria investigar como contribuem para a
construção temporal que caracteriza a obra de Alonso os sons ambientes e os ruÃdos diegéticos.
Interessa-nos ainda, secundariamente, estabelecer relações entre os filmes analisados
e outros representantes de um cinema que prescinde dos diálogos e de suas funções
narrativas quase sempre centrais, assim como relembrar a ideia, sempre problemática em
sua definição, de um cinema de poesia.
This arcticle aims to analyze the relation between sounds and images in Lisandro Alonso’s
Los Muertos and Liverpool. It is of our interest to think about the narrative roles given to
sound effects and ambient sounds, to speak of the importance given to such sound elements,
opposite to the minor role played by music and dialogue, all that working within
the cinematic regime of the sequence shot. Therefore, this work tries, most of all, to investigate
how ambient sounds and diegetic noises contribute for such a particular temporal
construction. It is also a secundary goal to establish some relationship between those films
and other examples of a cinema that has declined the usual dialogue’s central narrative
part, as well as to recall the ideia and definition of a cinema of poetry.