Neste artigo, discutimos as obras Sombras de reis barbudos (1975) de José J. Veiga e K.: Relato de uma busca (2014) de Bernardo Kucinski, em torno do diálogo que elas suscitam entre história, ficção e memória. Ambas as ficções trabalham com a ditadura militar brasileira, envolvendo tanto a privacidade do indivíduo quanto a teia de conexões da coletividade. Nesse sentido, problematizamos acerca dessas representações utilizando teóricos que apontam direcionamentos memorialísticos, sociológicos, antropológicos, considerando o percurso que os romances fazem no contexto ditatorial para propiciar indagações sobre as similaridades simbólicas que perpassam o tempo nas construções das narrativas em questão e o que podemos discutir a partir desses elementos afins.
In this article, we discuss the romances Sombras de reis barbudos (1975) by José J. Veiga and K.: Relato de uma busca (2014) by Bernardo Kucinski, around the dialogue they raise between history, fiction and memory. Both fictions work with the Brazilian military dictatorship, involving both the privacy of the individual and the network of connections of the collectivity. In this sense, we problematize about these representations using theorists who point out memorialistic, sociological, and anthropological directions, considering the course that the novels make in the dictatorial context to provide inquiries about the symbolic similarities that go through time in the constructions of the narratives in question and what we can discuss from these related elements.