O entendimento, em nÃvel de processos, do fluxo de água não saturado no solo é
essencial para desenvolver ações de manejo apropriadas para proteção ambiental em sistemas
agrÃcolas. Uma ferramenta importante para a simulação do fluxo de água no solo que tem sido
utilizada em todo o mundo é o simulador SWAP. O objetivo deste trabalho foi testar e calibrar o
simulador SWAP, pela modelagem inversa, para descrever os perfis de umidade em um Latossolo
muito argiloso, em Dourados, Mato Grosso do Sul. O simulador SWAP foi testado em área
experimental de 0,09 ha, cultivada com soja, e os perfis de umidade foram amostrados em oito
datas, no perÃodo de dezembro de 2006 a outubro de 2007. Os dados de entrada para o simulador
SWAP (curvas de retenção de água no solo e dados meteorológicos) foram baseados em medições
na área experimental. Simulações baseadas nas curvas de retenção não calibradas resultaram em
perfis de umidade com nÃveis superiores à s observadas em quase todas as datas de amostragem,
especialmente para a profundidade de 0-10 cm. Após a calibração das curvas de retenção, obteve-se
boa melhora nas simulações dos perfis de umidade, que ficaram dentro dos valores medidos para
quase todas as profundidades e datas de amostragem.
The understanding of unsaturated soil water flow at process-level is essential to
develop proper management actions for environmental protection in agricultural systems. One
important tool for simulation of soil water flow that has been used worldwide is the SWAP model.
The aim of this work was to test and to calibrate the SWAP model by inverse modeling to describe
moisture profiles in a Brazilian very clayey Latossol in Dourados, State of Mato Grosso do Sul,
Brazil. The SWAP model was tested in an experimental field of 0.09 ha cultivated with soybean and
soil profiles were sampled eight times between December 2006 and October 2007. The SWAP
input values (i.e. soil water retention curves and meteorological data) were based on in-situ
measurements. Simulations with uncalibrated soil water retention curves resulted in moisture
profiles that were too wet for almost all sampling dates, in particular between 0-10 cm depth. After
calibration of soil water retention curves, there was a good improvement in the simulated moisture
profiles, which were within the range of measured values for almost all depths and sampling dates.