Singularidades e desafios do assistencialismo empresário nas ferrovias da Argentina moderna, 1890-1920

Revista Mundos do Trabalho

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ISSN: 19849222
Editor Chefe: Aldrin A. S. Castellucci
Início Publicação: 31/05/2009
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: História

Singularidades e desafios do assistencialismo empresário nas ferrovias da Argentina moderna, 1890-1920

Ano: 2021 | Volume: 13 | Número: Não se aplica
Autores: Silvana A. Palermo
Autor Correspondente: Silvana A. Palermo | [email protected]

Palavras-chave: ferrovias, trabalhadores, assistência empresarial

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo investiga as políticas de bem-estar das companhias ferroviárias na Argentina entre 1890 e 1920. Pergunta-se sobre a especificidade dessas estratégias empresariais em uma sociedade de imigração maciça e em um setor dominado por capitais estrangeiros, particularmente britânicos. A partir da análise de uma documentação vasta e inexplorada, examina a relevância da promoção de atividades festivas e recreativas por parte das empresas, seu papel na integração de uma população trabalhadora heterogênea e na conformação de um ideal de uma “grande família ferroviária” multinacional. Procura demonstrar que essa construção resultou de um complexo e conflitivo processo em que estiveram envolvidos as administrações ferroviárias, os operários e os empregados ferroviários, e os funcionários públicos. Documenta como essa cosmovisão entrou em crise no contexto da recessão desencadeada pela Grande Guerra, a mobilização laboral e a democratização política local dos anos 1910.

 



Resumo Inglês:

This article explores company welfare programs in the railways in modern Argentina from the 1890s to the 1920s. It concentrates on the singularities of these companies' strategies, considering that the local society was shaped by a process of mass migration and Argentine economy depended on foreign capital, mostly from British origins. Based on diverse and not sufficiently revised sources, this study discusses the significance of recreational activities sponsored by companies’ directories and managers, their role in working-class daily sociability, and the making of the ideal of a great multinational railroad family. It would argue that this representation emerged from a complex and conflictive process in which railroad managers, workers, employers, and state officials were involved. In addition, it seeks to demonstrate that the Great War, the subsequent labor mobilization, and the deepening of political democratization during the 1910s proved crucial to undermining the ideal of great railroad family that companies had promoted.