Singularização e subjetivação: Arendt, Foucault e os novos agentes políticos do presente

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ISSN: 1983-2109
Editor Chefe: Dax Moraes
Início Publicação: 30/11/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

Singularização e subjetivação: Arendt, Foucault e os novos agentes políticos do presente

Ano: 2012 | Volume: 19 | Número: 32
Autores: André Duarte
Autor Correspondente: André Duarte | [email protected]

Palavras-chave: singularização, subjetivação, Arendt, Foucault, coletivos políticos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O texto discute a hipótese de que a noção arendtiana de
singularização e a noção foucaultiana de subjetivação ético-política
constituem ferramentas conceituais importantes para a
compreensão de quem são e como agem os integrantes dos novos
coletivos políticos do presente. Tomo em consideração,
particularmente, certos coletivos pós-identitários de minorias, e
certos coletivos eco-estético-políticos voltados para a questão da
mobilidade urbana. O texto se divide em três momentos.
Primeiramente, discuto a noção arendtiana de ação política como
manifestação da singularidade dos agentes políticos, a qual se
articula à sua concepção da política como fim em si mesmo. Esta
noção me parece ilustrativa quanto às novas formas de
engajamento político do presente, as quais não se limitam apenas
ao cálculo de suas vitórias concretas e, deste modo, ultrapassam as
concepções instrumentais da política. No segundo momento,
discuto o conceito foucaultiano de subjetivação ético-política e
argumento que ele apresenta claras contribuições para a
compreensão das práticas de atuação política dos coletivos, as quais
exigem que seus membros se dediquem à tarefa da
autotransformação crítica e reflexiva. Finalmente, no terceiro
momento, procuro mostrar quais são os ganhos teóricos das noções
de singularização e subjetivação para a compreensão das práticas
políticas dos novos coletivos. Tais noções ressaltam a potência
simultaneamente singular e plural de manifestações políticas
entendidas como experiências vivas e destinadas a promover novas
formas de articulação entre vida e política.