SITUAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA EM TIMOR LESTE E RESPONSABILIDADE POLÍTICA DO BRASIL

Revista dos Estudantes de Direito da UnB

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ISSN: 2177-6458
Editor Chefe: Letícia Pádua Pereira/Equipe Editorial
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Direito

SITUAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA EM TIMOR LESTE E RESPONSABILIDADE POLÍTICA DO BRASIL

Ano: 2001 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: Carlos Eduardo Vasconcelos
Autor Correspondente: Carlos Eduardo Vasconcelos | [email protected]

Palavras-chave: Língua portuguesa; Timor Leste; Responsabilidade do Brasil.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A convivência com tradutores e intérpre-tes e o diálogo em línguas diferentes não cons-tituem uma novidade trazida pelas NaçõesUnidas para Timor Leste. Na verdade, desdetempos imemoriais, toda a ilha foi sendo ocu-pada por povos mercadores, oriundos tantoda Ásia quanto do Pacífico. Como eram co-merciantes, eles se comunicavam, mas cadaum manteve, mais ou menos, suas instituiçõessociais, inclusive as respectivas línguas. Insistoem línguas e não dialetos, embora estes tam-bém existam, para evitar o hábito etnocentristade qualificar a “nossa” de língua e degradar ados outros, os “nativos”, à posição de “diale-tos”. Num país do tamanho de Sergipe, alu-dem os estudiosos à existência de pelo menosdoze línguas, com denominações tais comoTétum, Daiwan, Makassae e Fataluku1. Porser falado pela maioria da população2, parti-cularmente em torno da capital Díli, o Tétumé considerado como língua franca de toda ailha e por isto mais conhecido e estudado noestrangeiro. A estrutura social de alta com-plexidade dessas tribos, que compreende oamor pela liberdade e a solidariedade, deter-minou que vivessem durante séculos mais oumenos autônomas mas, ao mesmo tempo,unidas na defesa do território contra intrusose nas estratégias de convivência e/ou sobrevi-vência frente aos colonizadores e os invasores.