Este trabalho busca evidenciar como o Slam propicia um novo espaço de
produção e partilha poética, podendo abrir caminhos para descobertas no
âmbito da autoafirmação e do reconhecimento a respeito das múltiplas
lutas pela conquista de espaço, elevando vozes historicamente relegadas
às coxias da vida social. Apresenta um olhar analítico dialógico e polifô-
nico, além do entendimento de performance de Paul Zumthor; e apresenta
o caso de Natália Pagot, slammer que se destaca pelo seus fazeres poéticos
e performáticos. O trabalho aponta, ainda, a ideia de partilha do sensí-
vel de Jacques Rancière, a partir da qual defende a ideia de liberdade das
condições imaginárias, a fim de que as gerações futuras possam conhecer
uma nova forma de sociedade em que mulheres e homens, crianças, idosos
e jovens, com suas etnias e sexualidades, tenham seus direitos valida-
dos e preservados com equidade e dignidade.
this paper aims to show how the Slam provides a new space for pro-
duction and poetic sharing, and may open the way for discoveries in the
context of self-affirmation and recognition on the multiple struggles for
the conquest of space, raising voices historically relegated to the borders of
social life. It presents a dialogical and polyphonic analytical look, as well as
Paul Zumthor’s understanding of performance; and it presents the case of
Natália Pagot, a slammer who stands out for her poetic and performance.
The work also points out the idea of sharing the sensitive of Jacques Ran-
cière, from which he defends the idea of freedom from imaginary conditions
so that future generations are able to know a new form of society where
women and men, children, older and young people, with their ethnicities
and sexualities, have their rights validated and preserved with fairness
and dignity.