Inscrevo os romances Aurélia e Lésbia, publicados, respectivamente, em 1884 e
1890, ambos de autoria de Maria Benedita Bormann, sob a ótica de uma escrita que se
volta, em especial, para indicativos de uma memória sócio-histórica do século XIX, vistos
como sinais das condições do papel da mulher brasileira naquele momento. São discutidas
algumas relações entre as partes que compõem as obras, considerando que a autora
transfere, para o tempo da escrita, os processos de atualização da obra que a ligam ao
papel do leitor.
In this article, the novels Aurélia (1884) and Lésbia, by Maria Benedita
Bormann, are studied from the approach of a writing that is addressed especially to a socialhistorical
memory of the 19th century, as witnessing the role of Brazilian woman in that time.
Some relations among parts of these books are discussed, since the writer transfers to the
time of writing, the processes of the masterpiece updating that links her to the reader’s role.