Sobre o engano e a honestidade intelectual. Mễtis, hypókrisis e a “nova determinação da verdade” em Nietzsche.

ESTUDOS NIETZSCHE

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ISSN: 2179-3441
Editor Chefe: Antonio Edmilson Paschoal
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

Sobre o engano e a honestidade intelectual. Mễtis, hypókrisis e a “nova determinação da verdade” em Nietzsche.

Ano: 2015 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Gustavo Bezerra do N. Costa
Autor Correspondente: COSTA, G. B. | [email protected]

Palavras-chave: Honestidade Intelectual, Verdade, Hipocrisia, Engano, Autoengano.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Discute-se neste artigo o tema da probidade ou honestidade intelectual [intellektuelle Redlichkeit] em Nietzsche, contra o horizonte – reaberto na contemporaneidade por M. Détienne e J.-P. Vernant – das práticas de engano e formas de inteligência astuciosa a que os gregos denominavam μήτις [mễtis]. Tomando como contraponto as teses de R. Lopes e W. Stegmaier sobre a probidade nietzscheana, defende-se que, compreendida sob aquele horizonte – de todo, familiar a Nietzsche – a honestidade intelectual, longe de indicar uma submissão a códigos de veracidade moral, ou mesmo acadêmicos, preestabelecidos, diria respeito, antes, à honestidade para consigo, no reconhecimento, reinterpretação e afirmação dos enganos pelos quais se cria a si mesmo – cuja imagem remeteria à ὑπόκρισις [hypókrisis] grega, enquanto arte do ator e, também, arte do engano.