Discutimos as possibilidades de criação de redes em antropologia da saúde a partir de um caso específico, o Grupo de Pesquisa em Saúde, Sociedade e Cultura (Grupessc/UFPB). Consideramos que pensar o Grupessc permite explorar elementos que nos afinam em termos de: relação entre pesquisadores, orientandos, simpatizantes, temas, objetos, informantes, tensões da pesquisa, eventos, publicações, e inclusive nossa capacidade de formação de novos pesquisadores. Por outro lado, suscita uma reflexão sobre políticas de ciência, considerando os temas e projetos desenvolvidos, articulações com outros pesquisadores brasileiros e internacionais. Tomamos como ponto de partida entrevistas realizadas com os pesquisadores fundadores do grupo refletindo, desde esse momento fundador, as tensões e estratégias dos integrantes para enfrentamento do cotidiano na universidade e nas pesquisas. O texto traça, em um primeiro momento, a relação entre pesquisadores e temas de pesquisa, acionando o acesso aos recursos e agências fomentadoras; em seguida, abordamos o cotidiano do grupo e das relações entre seus integrantes como estratégias de exercício da interlocução e reflexão teórica, enquanto momento de trocas e provocações mútuas, quando afetividade se torna um sentimento de autoreconhecimento.